domingo, 9 de junho de 2013

Minhas primeiras experiências com a leitura



Meus primeiros contatos com a leitura foi na adolescência, li tudo de Jorge Amado e o que me ofereciam , e teve um livro que me marcou muito , "Os Rebeldes" , onde jovens viajavam pelo litoral da Espanha, e viajei com eles. Moro numa cidade pequena , sem grandes opções de lazer, preciso ter sempre um livro  de cabeceira, ou seja , tenho o que fazer. Ler passou a ser meu maior prazer  e meu trunfo , "sou aquela que lê. "

Um comentário:

  1. Leitura e Vivências

    Na infância ouvia muitas histórias de minha mãe. Algumas lidas, outras inventadas, outras ainda, reais, e estas eram as minhas preferidas. Não tínhamos pilhas de livros em casa, apenas um ou outro exemplar, mas o hábito de ouvir histórias na infância, preparou-me para desenvolver o gosto pela leitura mais tarde.

    Na escola, por meio das lições da Caminho Suave: “O boi baba”, Vovô viu a uva” (alguém se lembra?), aprendi a ler e fui construindo inúmeros significados para a leitura. As professoras liam ou contavam os contos de fada.

    Já no ginásio, lia os livros recomendados pela professora de Português, fazia fichas de leitura, mas ainda lia por obrigação.

    Fui cursar o magistério e então surgiu a paixão por livros infantis, a princípio. Nessa época, ocorreu o boom do Construtivismo e então embarcamos nessa nova forma de ensinar, desenvolvendo um ensino significativo através de projetos que utilizavam um livro infantil como ponto de partida.

    Decidi fazer Letras, pois o encantamento da leitura e da escrita já havia me fisgado.

    Daí para frente, mais e mais, fui percebendo a importância da leitura como uma fonte inesgotável de conhecimento, de cultura, de prazer e, principalmente, de vivências. Pela leitura adquirimos experiência de vida, é a única forma de vivenciarmos outras situações, outras vidas, pois incorporamos personagens e assumimos suas ações, suas expectativas, enfim, sua participação naquela trama. Pelo menos comigo é assim. Por mais fictícia que seja, uma obra sempre estabelece uma ponte com o real.

    Só para exemplificar o que se pode viver na pele de uma personagem: o sofrimento de Madalena em São Bernardo (Graciliano Ramos), o inusitado de um autor-defunto em Memórias Póstumas, o inverossímil em A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água (Jorge Amado), as aventuras e desventuras de Geraldo Viramundo (O Grande Mentecapto – Fernando Sabino), uma realidade adversa em O Cortiço, entre tantos outros.

    Infelizmente, hoje leio muito menos do que eu gostaria. O tempo, famoso tempo, que nos falta. Mas mesmo que seja a conta-gotas, a leitura faz parte do meu dia a dia.

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